adeus amigo césar

o que escapa por um fio. o sopro
é o que lhe toma a morte. a vida
deus não lhe tirou, deu paz. despediu-se

(h)a-pena-s

apenas a dor não me pena
tinta para muitas penas
implume não voa, sangra apenas

quando eu te olho

ah meu Desejo, quando eu Te olho
não olho com os olhos físicos
estes somente conseguem ver
o ser na superfície

ah minha Musa, quando eu Te olho
olho com os olhos da alma
estes que sabem dizer eu Te amo
e vêem no ser o que tem de profundo

ah meu Amor, quando eu Te olho
com os olhos da alma que tenho
Significo-Te e entendo que eu existo e
ao Teu lado o que eu ganho é significado

Ah meu Derradeiro Amor, quando eu te olhar
Olha-me com os olhos da alma que tem
E entenderá o porquê dos olhos rasos d’águas
meus, por os olhos Teus não dizerem:

Eu te amo
meu Verdadeiro amor
quando eu te olho
olho com os olhos da alma que tenho

por esses dias

há dias que de dia
o vazio tem o seu espaço
não é em uma noite que se faz as lágrimas
mas em várias

não é pelo dia que se faça
que me hei de achar
a escuridão por si só
não me tira a visão

se for preciso a luz
para ver e se ver
eu a preciso muito mais
para de mim eu não me perder

as lágrimas nunca são por quem se fora
mas por mim que ficara
das noites que é preciso
as lágrimas não se darão em um sentido

- nem a vida, por esses dias

18/01/2010