domingo, 22 de fevereiro de 2009

pós-túmulo

perto do fim
deserto aprumo
certo de que o rumo
é incerto
verto acúmulo de prantos
destro procuro um canto

perto do fim
inquieto assumo, de tanta
deserta, a vida não teve encanto
parto e já póstumo e não santo
quedo no meu túmulo
decerto o meu sacro canto

circunspecto sossego de vez
o céu não é o meu rumo
o inferno não é seguro
inquieto os vermes pululam famintos
desperto, o diabo confabula ensimesmado
à espera do morto

7 comentários:

  1. "o céu não é o meu rumo
    o inferno não é seguro"

    Ah, essas duvidas com ares de certezas!

    Obg por vir, volte sempre, és bem vindo aqui!

    BJS!

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  2. Negropoeta, o tumulo não é norro rumo
    viraremos borboletas
    em busca de novos versos
    quem sabe
    em outros planos
    ou planetas
    (Obrigada pela visita ao Letra e Fel, adorei tua poesia e teu blog, pelo cinzelamento dos versos vejo que tens intimidade com as musas)
    Abraços
    renata

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  3. Olá negropoeta, valeu a visita...
    Vejo que tens a palavra como fiel companheira...Muito bom o seu estilo e jeito de escrever...parabéns pelo talento...bom feriado...um abraço na alma

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  4. Um poema para ser um bom réquiem, ou um epitáfio de luxo.

    Abraço, camarada.
    Continuemos...

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  5. Passando e relembrando...

    Abraço forte, meu caro.
    Continuemos...

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  6. Perto de fim, de posse dos versos que transmutam desertos, que calam infernos de mim, de ti, de tempos, de fins. Beijos, meu amado amigo.

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  7. nao tem inferno,pelo menos acho que nao para os poetas:) meu amigao, em muitos lugares o inferno esta aqui no nosso mundo agora globalizado:).(
    outro abraço,
    myra

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